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Aves do meu jardim

  • avesdaminharioclar
  • 7 de abr. de 2020
  • 4 min de leitura

Essa semana vamos te convidar para conhecer as aves que estão pertinho de você e que

podem ser observadas no seu jardim ou mesmo da sua janela. Vamos ficar em casa e conhecer

as aves?


Sabiás são famosos por seus cantos melódicos e por ocorrerem em quase todo o mundo. Nas

áreas verdes urbanas podem ser encontrados mais de 5 espécies de sabiás: sabiá-barranco,

sabiá-laranjeira, sabiá-poca, sabiá-una e sabiá-ferreiro.

O sabiá-barranco (Turdus leucomelas) é uma ave da família Turdidae. É o sabiá mais comum

em Rio Claro e pode ser observado em parques, praças e quintais. A maioria das espécies de

sabiás, incluindo o sabiá-barranco, não apresenta dimorfismo sexual, ou seja, machos e

fêmeas são iguais aparentemente.

Eles se alimentam principalmente de frutos, mas também gostam de insetos. Sendo que

durante a reprodução gostam de levar minhocas para os filhotes.

Curiosidade: Um grupo de estudos da Unesp, liderado pelo professor Marco Aurélio Pizo,

vem estudando essa espécie há alguns anos no campus da universidade. Muitos deles têm

pulseiras coloridas e metálicas numeradas (no meio científico chamamos de anilhas) que

servem para fazer reconhecimento individual. Então se você encontrar um sabiá com pulseiras

lembre-se que ele é muito importante para esses estudos.


Foto: Jheniffer Lohane

Psitacídeos são aves de bico curvo, ou seja, araras, periquitos, papagaios e maritacas. Nas

áreas urbanas de Rio Claro podemos encontrar principalmente 3 espécies:

periquitos-do-encontro-amarelo, periquitão-maracanã e maitaca-verde. A princípio são todas

muito parecidas e todas gostam de se camuflar nas árvores e comer frutos. Mas vamos reparar

nos detalhes:


A) o periquito-de-encontro-amarelo (Brotogeris chiriri) é pequeno (cerca de 12 cm) e tem

esse risco amarelo nas asas. Geralmente andam em bandos.

B) o periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus) é maior (cerca de 31 cm), com o corpo

esguio e cauda longa. Tem o corpo todo verde com um detalhe vermelho na asa. Geralmente

está em casal ou em bando.

C) a maitaca-verde (Pionus maximiliani) tem cerca de 27 cm e uma aparência mais

arredondada devido a cauda mais curta. Uma dica para identificação é a mancha vermelha que

tem em baixa da cauda. Essa espécie geralmente está em casal.


Curiosidade: Muitas espécies de psitacídeos são vítimas de tráfico, um dos fatores que levou

muitas a ameaça de extinção.

Agora que você já sabe as diferenças, observe da sua janela e identifique a ou as espécies que

você vê com mais frequência na sua casa.


Foto: Luiz Carlos Ramassoti

O sanhaço-cinzento (Tangara sayaca) é uma ave da família Thraupidae. Pode ser observada

nas área verdes urbanas ou mesmo em comedores e até bebedouros de beija-flor. Eles são

frugívoros, ou seja, alimentam-se de frutos e fazem acrobacias para pegar frutas nas árvores.

Adoram comer pitangas, goiabas e outras frutas que são comuns nas cidades.

Na cidade de Rio Claro pode ser encontrada outra espécie muito parecida, o

sanhaço-do-coqueiro. Uma das diferenças é que essa espécie tem a coloração marrom

esverdeada, diferente do sanhaço-cinzento que apesar do nome “cinzento” é uma mistura de

cinza com azul. Essa espécie não apresenta dimorfismo sexual, ou seja, machos e fêmeas são

aparentemente iguais.


Foto: Karlla VC Barbosa

As pombas são bem comuns nas cidades, sendo três espécies nativas mais abundantes: a

asa-branca, a avoante e a rolinha. É importante saber diferenciá-las dos pombos-domésticos,

que foram trazidos de outros países para o Brasil.


A) A asa-branca (Patagioenas picazuro), famosa por ser o nome da música de Luiz Gonzaga

e Humberto Teixeira, é uma das maiores pombas do Brasil (±34 cm). Tem uma coloração

arroxeada escura e um padrão "escamado" no pescoço e nas asas. Seu nome é devido à faixa

branca aparente nas asas quando em vôo.

B) A avoante (Zenaida auriculata) é menor (±25 cm), tem uma cor marrom mais clara, e suas

asas são mais acinzentadas. As marcações características são duas listas próximas aos olhos e

poucas manchas escuras na ponta das asas.

C) A rolinha (Columbina talpacoti) é a menor das quatro (±15 cm). Em alguns lugares é

chamada de “rolinha-caldo-de-feijão” por causa da sua cor marrom arroxeada. Possui

marcações escuras pela asa toda.

D) O pombo-doméstico (Columba livia) (±30 cm) não é nativo do Brasil, mas é muito comum

em praças, por exemplo. Ele compete com as espécies nativas por alimento e espaço, e, ao

contrário delas, é conhecido por transmitir diversas doenças para o ser humano. Por serem

domesticadas, possuem grande variação de cores, sendo a “original” representada pela foto:

cinza escuro com faixas pretas na asa.


Todas essas espécies são conhecidas por se alimentarem de grãos, inclusive visitando

comedouros contendo quirera e milho.


Foto: Rafaela Wolf (A, B e C), Luiz Carlos Ramassoti (D)

Os beija-flores são aves de metabolismo acelerado, ou seja, seus movimentos são rápidos, podendo bater suas asas dezenas de vezes por segundo. Têm papel importante na polinização de plantas, pois quando se alimentam do néctar das flores, o pólen destas pode ficar grudado em suas penas e essas aves acabam transportando o pólen para outras flores, um processo que possibilita a formação dos frutos. O beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura) é uma ave da família Trochilidae. Tem esse nome pois sua cauda longa tem formato de tesoura e pode chegar a quase ⅔ do seu tamanho total. Tem cerca de 17 cm e é considerado um dos maiores beija-flores do Brasil. É comum em áreas urbanas, podendo ser avistado em áreas verdes das cidades. Alguns indivíduos se aproximam dos humanos, visitando frequentemente jardins e bebedouros próprios para aves. Se alimentam do néctar das flores e de pequenos insetos, caçando-os graças a sua grande habilidade em fazer voos curtos e precisos.


Foto: Fábio Fernandes Teixeira

 
 
 

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